artrose

Dores causadas por artrose

A superfície das articulações é coberta por uma camada de cartilagem que sofre desgaste e é renovada continuamente pelo organismo. À medida que envelhecemos, o desgaste se torna mais rápido que a reposição, a cartilagem fica mais fina, e começa a falhar no seu papel de amortizar o choque entre os ossos da articulação, trazendo dor e até alterações ósseas visíveis. Leia mais

Rolfing no esporte e na dança

O Rolfing faz a pessoa ficar mais consciente do seu movimento e postura. Isso acontece naturalmente, à medida que o processo progride. Por melhor que seja um atleta, ele sempre pode melhorar seu desempenho e deixar seu corpo mais preparado. Essa técnica de manipulação profunda otimiza os resultados das atividades físicas, pois, além de aumentar a flexibilidade, também melhora a postura por meio da consciência corporal e reduz as dores.

O tratamento beneficia a coordenação e mobilidade do corpo. Com o tempo, a prática dos exercícios pode se tornar menos prazerosa e gerar desconfortos; isso acontece por hábitos errados quanto à postura e movimentos repetitivos em articulações desalinhadas. O realinhamento e reestruturação de acordo com a força gravitacional, faz com que os movimentos sejam realizados com menos desgaste.

O rolfista manipula os chamados tecidos moles, como músculos, tendões e ligamentos envolvidos pelas fáscias, camadas de tecido conjuntivo que protegem os músculos, ossos e órgãos e se adaptam aos movimentos e hábitos posturais. O objetivo é desfazer os ”nós” que estão enrijecidos ou inflamados, assim é criado um espaço maior entre as articulações, aumentando a flexibilidade.

É assim que o corpo fica organizado e passa a executar os movimentos de forma mais natural, além, é claro, da postura ficar mais ereta. Tudo isso ajuda nos movimentos e na execução das atividades físicas. Não é só o corpo ”encaixado” que o deixa mais relaxado e com um melhor desempenho, mas também o conhecimento do seu corpo, que é proporcionado pelo  tratamento.

Segundo Ida Rolf, criadora do método Rolfing, uma pessoa organizada em sua postura e movimento  em relação à força da gravidade alcança bem-estar físico e mental. Com esse controle maior sobre o corpo, o atleta acaba usando a energia corporal de forma mais adequada e isso faz com que seu desempenho no esporte melhore.

ESPORTISTAS

Esportistas, como o ginasta brasileiro Arthur Zanetti e um dos melhores golfistas de todos os tempos, o jogador americano Tiger Woods, são adeptos do método Rolfing para melhorar o desempenho de seus corpos. A terapia ajuda a aguentar horas de treinamento e conseguir mais equilíbrio mental, trazendo uma recuperação mais rápida quando ocorrem lesões, tratando as dores e realinhando a postura.

Quando vemos músculos e veias saltadas, o que é normal em esportes de alto desempenho corporal, é sinal de que o corpo está sendo muito cobrado e pode até mesmo estar sendo danificado. Para o esportista esse é um ótimo tratamento, pois engloba também a aprendizagem de novos hábitos de postura e movimentos para impedir que as dores voltem.

A reeducação também consiste de ações simples como respirar, andar e dormir, tudo isso ajuda a trazer benefícios diretos no rendimento esportivo. Os resultados são relativamente rápidos, tratando as dores relacionadas aos músculos, articulações, tendões e ligamentos. Pontos tensos e inflamados manipulados durante a massagem podem provocar dor, porém, após as primeiras sessões, o corpo acostuma e o desconforto passa.

O Rolfing não é indicado somente para atletas de alto rendimento, mas também para pessoas que praticam atividades físicas regulares (esportistas de fim de semana, por exemplo) e até mesmo para aqueles que pretendem iniciar uma atividade. A fáscia (membrana manipulada durante as sessões), é responsável pela transmissão de esforços exigidos pelos músculos nas  atividades físicas.

Como não podemos escapar da força da gravidade, o melhor é encontrar uma maneira mais fácil de conviver com ela. Um ombro curvado ou um quadril projetado para trás podem gerar desgastes desnecessários ao corpo e prejudicar a realização de muitas atividades corriqueiras. Com o corpo em equilíbrio, não somente a prática de esportes fica mais prazerosa, mas também os pequenos atos do cotidiano.

Sua técnica de correr, jogar tênis, futebol, caminhar, nadar, tudo pode ser melhorado pelo Rolfing. Atletas costumam ter um bom conhecimento dos seus corpos e limitações, e se sentem muito gratificados em ultrapassar certas limitações impostas pelo próprio corpo, e que muitas vezes não podem ser vencidas apenas pelo treino.

Lesões e posturas incorretas vão levando a alterações no tecido conjuntivo da região, aprisionando o corpo em certos padrões e fazendo com que a performance fique limitada. Na verdade, devemos aprender a andar, correr, sentar, tudo de novo, pois vícios e atitudes de toda uma vida precisam ser revistos.

BAILARINOS

A dança leva a pessoa a extremos de sua capacidade, muitas vezes lesionando várias partes do corpo. O filme “Black Swan” mostra isso, todo o sofrimento por trás da beleza e da performance perfeita. A leveza e a facilidade com que os bailarinos se movem tem um custo muito alto. E esse custo pode ser minimizado drasticamente pelo trabalho com o Rolfing. A recuperação das lesões é mais rápida, e o bailarino encontra novos horizontes para aplicar sua arte.

Os resultados do Rolfing nos movimentos com o passar do tempo são: aumento de graça, facilidade, eficiência, flexibilidade e harmonia, uma consciência maior do corpo, ou seja, maior contato com o seu corpo e com as sensações e sinais corporais, mudanças nos padrões de movimento e relaxamento de tensões causados pela má distribuição das forças envolvidas no funcionamento do corpo. Bailarinos trabalham muito com a gravidade e entre os principais objetivos do Rolfing estão o equilíbrio para a atividade no campo gravitacional, a prática de movimentos de forma harmônica com a gravidade e a descoberta do eixo do corpo, que é bastante profundo. O movimento a partir do eixo exige muito menos esforço e é muito mais harmonioso.

Rolfing criança

Rolfing para crianças

Crianças podem se beneficiar do Rolfing® em vários aspectos. Tendências físicas como uma pisada errada, pé chato, joelhos em X, dez para as duas, etc. podem ter grande melhora com o tratamento. Com o tempo esses problemas podem evoluir piorando, por isso, tratar precocemente pode ser uma ótima saída para realinhar essas tendências.

Até mesmo algumas posições dentro do útero e traumas de nascimento podem contribuir e afetar a estrutura e evoluir para desequilíbrios crescentes. Através das alterações posturais podemos identificar como a criança está se desenvolvendo, tanto física como emocionalmente.

Problemas como escoliose, cifose e lordose podem ser identificados em crianças ainda bem pequenas e o Rolfing ajuda na correção, para que isso não venha a se tornar um problema na fase de crescimento.  O Rolfing também é indicado para crianças saudáveis, ele auxilia em um desenvolvimento mais equilibrado e harmônico, prevenindo a tendência a má postura. Em geral, as crianças menores e com menos problemas posturais não precisam fazer todo um processo de dez sessões.

O tratamento também ajuda a criança e o adolescente a melhorar a auto-estima, o seu desempenho nos esportes, e prevenir muitos dos problemas emocionais e físicos dos quais muitos adultos se queixam. As crianças rolfadas também exibem uma mudança na maturidade, ao tirar o stress dos seus corpos elas passam a ser mais elas mesmas, mais confortáveis na sua própria pele.

Nas crianças com problemas mais sérios, como paralisia cerebral, o Rolfing pode ajudar no equilíbrio, no caminhar, melhora na fala e mudanças no comportamento. O tratamento deixa na criança uma matriz para mudanças físicas e neurológicas positivas durante o desenvolvimento. É indicado para traumas físicos de acidentes automobilísticos, quedas, doenças, traumatismo e dores no corpo em geral.

Ficar atento à expressão corporal das crianças é muito importante. Por não terem um aparato verbal e intelectual ainda sofisticado, utilizam, inconscientemente, o corpo, os gestos, o olhar para se expressar, para comunicarem ao mundo suas tristezas, alegrias, medos, dúvidas, etc. E é nesse cenário que podemos identificar também da postura física e emocional como a criança está se desenvolvendo.

Confira abaixo alguns problemas de postura que as crianças podem ter ou desenvolver. Devem ser diagnosticados por médicos capacitados.

HIPERLORDOSE EM CRIANÇAS

Um dos principais sinais da hiperlordose é a lombar acentuada e o “bumbum” muito arrebitado. A correção é muito importante, pois  pode provocar muitas dores e alterações sérias na coluna durante o crescimento. Com a detecção precoce é possível a adoção de estratégias preventivas.

As variações de postura estão também associadas aos estágios de crescimento. Por isso, o Rolfing é importante nesse período, pois ajuda na diminuição das condições predisponentes ao aparecimento dos problemas posturais, como a hiperlordose.

Crianças e adolescentes possuem necessidade de músculos fortes, flexíveis e facilmente adaptáveis à alteração do ambiente. São eles que auxiliam na boa postura prevenindo ou ao menos minimizando graves desvios posturais. A facilidade maior de realizar os movimentos nas várias atividades pode estimular a criança a se envolver mais nelas, principalmente numa era de celulares e tablets onde as crianças passam a maior parte do seu tempo livre com a cabeça abaixada, os braços fixos e os dedos clicando freneticamente, deitados nas mais estranhas posições.

CIFOSE EM CRIANÇAS

Existem vários tipos de cifose, que é um desvio em que a espinha dorsal se curva para a frente, formando uma corcunda. A forma mais grave de cifose é a Scheuermann, crianças que sofrem dessa condição, desenvolvem uma curvatura na coluna à medida que crescem , porque a parte de trás das vértebras se desenvolve mais rapidamente do que a porção frontal.

Em alguns casos a criança já nasce com cifose que é chamada de congênita. Assim como a hiperlordose, é preciso buscar a correção, ou, pelo menos, a diminuição do grau da curva, pois a doença causa dores e alterações sérias na coluna.  É importante diferenciar cifose fisiológica (leve e flexível), daquelas patológicas (rígidas, progressivas e dolorosas).

As crianças com cifose podem ser tratadas usando métodos não cirúrgicos, como a órtese –  coletes vertebrais, para que o problema não se agrave a medida que crescem e complementar com tratamentos de realinhamento postural, como o Rolfing.

ESCOLIOSE EM CRIANÇAS

A escoliose pode aparecer em qualquer fase da vida, porém, a ocorrência é maior a partir dos dez anos de idade, com progressão conforme o crescimento. Ao detectar a doença precocemente aumenta-se em três vezes a eficácia do tratamento, diminuindo o percentual dos que necessitam de cirurgia.

Em crianças, a escoliose geralmente ainda não se fixou (escoliose dita não estrutural). Por isso é importante o início precoce do tratamento. Nesse período há a possibilidade de restabelecer a fisiologia normal da coluna, evitando que essa escoliose se fixe (escoliose estrutural) e evolua com o crescimento.

Um dos melhores tratamentos coadjuvantes para a escoliose é o Rolfing, que diminui as curvas em excesso e as alterações posturais decorrentes das curvas. A escoliose aparece como um curva, geralmente em S, quando olhamos  a pessoa de costas. Porém, se formos atentos, veremos que de lado a postura também está alterada, sendo os dois lados bem diferentes.

Ter um pouco de diferença é normal. Afinal, usamos os dois lados do corpo de maneiras diferentes. Mas na escoliose essa diferença é acentuada, e, geralmente, a cabeça também está inclinada para o lado e rodada. Essas são maneiras de os próprios pais identificarem que a criança ou adolescente estão desenvolvendo uma escoliose.