Método Rolfing

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O Rolfing é um sistema que alinha o corpo de acordo com o eixo de gravidade, ou seja, um fio de prumo. Quando um muro está fora de alinhamento, depois de um certo tempo, ele rui. O corpo, mesmo fora de alinhamento, não rui porque os músculos vão se contraindo e segurando a forma.

Vemos pessoas, principalmente de mais idade, apoiando-se em bengalas e completamente curvadas. Elas conseguem se locomover, mas gastam uma enorme energia e se cansam muito rapidamente. Quanto mais desorganizada a pessoa está em termos do seu eixo, mais energia ela gasta, menos equilíbrio ela tem, e menor a facilidade para se movimentar. Com o tempo, desenvolve dores e contraturas musculares, que a aprisionam em uma postura ruim. Esse é um exemplo extremo, mas a maioria das pessoas tem problemas mais ou menos graves de alinhamento.

Quanto mais desorganizada a pessoa está em termos do seu eixo, mais energia ela gasta, menos equilíbrio ela tem, e menor a facilidade para se movimentar.

E como o Rolfing melhora esse alinhamento? Temos um tecido no corpo que é onipresente. Se se dissolvessem todos os músculos e órgãos, a forma do corpo seria mantida por este tecido, o tecido conjuntivo, que tem uma grande plasticidade e capacidade de se adaptar às circunstâncias. É neste tecido que correm nossos vasos sanguíneos e nervos, e um excesso de tensão neles pode atrapalhar a circulação e a sensação , causando formigamentos, choques e inchaços, entre outras coisas.

Este tecido envolve todos os músculos e órgãos do corpo. Os ossos também são feitos de tecido conjuntivo, mas com sais de cálcio. Os tendões são feitos de tecido conjuntivo. Os ligamentos são feitos de tecido conjuntivo. Suas fibras se organizam de acordo com o tipo de tensão que têm de suportar. É um tecido de ligação, proteção, suporte, isolamento térmico, etc. Faz parte dos tecidos moles do corpo.

Através do toque profundo e dirigido às restrições e desequilíbrios do sistema, o Rolfing vai liberando as fáscias, que têm a propriedade de reagir às pressões e mudar sua estrutura.

O Rolfing trabalha neste tecido, principalmente na fáscia, que é o tecido que envolve os músculos. Este tecido muda muito rapidamente para, por exemplo, proteger um membro ferido. Se alguém machuca o joelho, logo a fáscia da outra perna vai se espessar, para aguentar mais peso e liberar carga da perna que tem o joelho machucado.

Na visão do Rolfing, os ossos não se apoiam uns nos outros como uma coluna de pedras, mas estão suspensos, dançando no ar, com espaços entre eles, que são unidos por tecidos conjuntivos. Esses tecidos, quando rígidos, seja por lesão ou posturas que se mantem durante muito tempo, formam como que camisas de forca, couraças, e acabam deslocando o corpo do eixo de gravidade. Até o alinhamento dos ossos muda com esses deslocamentos e contraturas.

É aí que o Rolfing entra: através do toque profundo e dirigido às restrições e desequilíbrios do sistema vai liberando as fáscias, que têm a propriedade de reagir às pressões e mudar sua estrutura. Com essa liberação das fáscias, os músculos, ossos e o próprio corpo vai achando melhor alinhamento para ele.