Crianças podem se beneficiar do Rolfing® em vários aspectos. Tendências físicas como uma pisada errada, pé chato, joelhos em X, dez para as duas, etc. podem ter grande melhora com o tratamento. Com o tempo esses problemas podem evoluir piorando, por isso, tratar precocemente pode ser uma ótima saída para realinhar essas tendências.
Até mesmo algumas posições dentro do útero e traumas de nascimento podem contribuir e afetar a estrutura e evoluir para desequilíbrios crescentes. Através das alterações posturais podemos identificar como a criança está se desenvolvendo, tanto física como emocionalmente.
Problemas como escoliose, cifose e lordose podem ser identificados em crianças ainda bem pequenas e o Rolfing ajuda na correção, para que isso não venha a se tornar um problema na fase de crescimento. O Rolfing também é indicado para crianças saudáveis, ele auxilia em um desenvolvimento mais equilibrado e harmônico, prevenindo a tendência a má postura. Em geral, as crianças menores e com menos problemas posturais não precisam fazer todo um processo de dez sessões.
O tratamento também ajuda a criança e o adolescente a melhorar a auto-estima, o seu desempenho nos esportes, e prevenir muitos dos problemas emocionais e físicos dos quais muitos adultos se queixam. As crianças rolfadas também exibem uma mudança na maturidade, ao tirar o stress dos seus corpos elas passam a ser mais elas mesmas, mais confortáveis na sua própria pele.
Nas crianças com problemas mais sérios, como paralisia cerebral, o Rolfing pode ajudar no equilíbrio, no caminhar, melhora na fala e mudanças no comportamento. O tratamento deixa na criança uma matriz para mudanças físicas e neurológicas positivas durante o desenvolvimento. É indicado para traumas físicos de acidentes automobilísticos, quedas, doenças, traumatismo e dores no corpo em geral.
Ficar atento à expressão corporal das crianças é muito importante. Por não terem um aparato verbal e intelectual ainda sofisticado, utilizam, inconscientemente, o corpo, os gestos, o olhar para se expressar, para comunicarem ao mundo suas tristezas, alegrias, medos, dúvidas, etc. E é nesse cenário que podemos identificar também da postura física e emocional como a criança está se desenvolvendo.
Confira abaixo alguns problemas de postura que as crianças podem ter ou desenvolver. Devem ser diagnosticados por médicos capacitados.
HIPERLORDOSE EM CRIANÇAS
Um dos principais sinais da hiperlordose é a lombar acentuada e o “bumbum” muito arrebitado. A correção é muito importante, pois pode provocar muitas dores e alterações sérias na coluna durante o crescimento. Com a detecção precoce é possível a adoção de estratégias preventivas.
As variações de postura estão também associadas aos estágios de crescimento. Por isso, o Rolfing é importante nesse período, pois ajuda na diminuição das condições predisponentes ao aparecimento dos problemas posturais, como a hiperlordose.
Crianças e adolescentes possuem necessidade de músculos fortes, flexíveis e facilmente adaptáveis à alteração do ambiente. São eles que auxiliam na boa postura prevenindo ou ao menos minimizando graves desvios posturais. A facilidade maior de realizar os movimentos nas várias atividades pode estimular a criança a se envolver mais nelas, principalmente numa era de celulares e tablets onde as crianças passam a maior parte do seu tempo livre com a cabeça abaixada, os braços fixos e os dedos clicando freneticamente, deitados nas mais estranhas posições.
CIFOSE EM CRIANÇAS
Existem vários tipos de cifose, que é um desvio em que a espinha dorsal se curva para a frente, formando uma corcunda. A forma mais grave de cifose é a Scheuermann, crianças que sofrem dessa condição, desenvolvem uma curvatura na coluna à medida que crescem , porque a parte de trás das vértebras se desenvolve mais rapidamente do que a porção frontal.
Em alguns casos a criança já nasce com cifose que é chamada de congênita. Assim como a hiperlordose, é preciso buscar a correção, ou, pelo menos, a diminuição do grau da curva, pois a doença causa dores e alterações sérias na coluna. É importante diferenciar cifose fisiológica (leve e flexível), daquelas patológicas (rígidas, progressivas e dolorosas).
As crianças com cifose podem ser tratadas usando métodos não cirúrgicos, como a órtese – coletes vertebrais, para que o problema não se agrave a medida que crescem e complementar com tratamentos de realinhamento postural, como o Rolfing.
ESCOLIOSE EM CRIANÇAS
A escoliose pode aparecer em qualquer fase da vida, porém, a ocorrência é maior a partir dos dez anos de idade, com progressão conforme o crescimento. Ao detectar a doença precocemente aumenta-se em três vezes a eficácia do tratamento, diminuindo o percentual dos que necessitam de cirurgia.
Em crianças, a escoliose geralmente ainda não se fixou (escoliose dita não estrutural). Por isso é importante o início precoce do tratamento. Nesse período há a possibilidade de restabelecer a fisiologia normal da coluna, evitando que essa escoliose se fixe (escoliose estrutural) e evolua com o crescimento.
Um dos melhores tratamentos coadjuvantes para a escoliose é o Rolfing, que diminui as curvas em excesso e as alterações posturais decorrentes das curvas. A escoliose aparece como um curva, geralmente em S, quando olhamos a pessoa de costas. Porém, se formos atentos, veremos que de lado a postura também está alterada, sendo os dois lados bem diferentes.
Ter um pouco de diferença é normal. Afinal, usamos os dois lados do corpo de maneiras diferentes. Mas na escoliose essa diferença é acentuada, e, geralmente, a cabeça também está inclinada para o lado e rodada. Essas são maneiras de os próprios pais identificarem que a criança ou adolescente estão desenvolvendo uma escoliose.